No dia dos 60 anos de Zico, Botafogo quebra tabu, vence o Flamengo e vai à decisão da Taça Guanabara ante o Vasco
Com grande atuação do goleiro Jefferson, o Botafogo venceu pela primeira vez o Flamengo no Engenhão, depois de oito empates e três derrotas, e se classificou para a final da Taça Guanabara, no próximo domingo, contra o Vasco. Neste domingo, o Botafogo marcou no primeiro e no último minuto de jogo, com Julio César e Vitinho, e o placar de 2 a 0 se deveu em parte à atuação de Jefferson. Quando o time rubro-negro buscava o empate, ele fez quatro defesas difíceis. Seu colega Felipe, do Flamengo, também se destacou.
Júlio César fez linda jogada e abriu o marcador antes do primeiro minuto de jogo FOTO: FOLHA PRESS
Na decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, o Vasco, que derrotou o Fluminense por 3 a 2 no último sábado, vai ter a vantagem do empate.
Neste domingo, além de ter quebrado um tabu contra o Flamengo, o Botafogo também acabou com uma invencibilidade de 17 jogos do adversário, dono da melhor campanha na fase de classificação da competição.
A partida
Com movimentação constante e forte marcação, o Botafogo envolveu o Flamengo com facilidade. A vantagem obtida logo no primeiro ataque do time alvinegro ditou boa parte do ritmo da partida. O gol do Glorioso surgiu em lance individual do lateral Julio César. Ele se livrou de três flamenguistas e completou com chute rasteiro.
Seedorf comandava o time, com sua visão de jogo e habilidade que muitas vezes fazem a diferença. Faltava, no entanto, quem concluísse as jogadas. O atacante Rafael Marques, desajeitado, desperdiçou várias oportunidades em contra-ataques. O uruguaio Lodeiro também errou alguns chutes a gol.
Mas, pelo menos, o Botafogo arriscava. O Flamengo nem sequer ameaçava o goleiro Jefferson. Foi assim por quase 53 minutos, quando deu o primeiro chute a gol com Renato. Com um time jovem e, portanto, sem experiência em jogos decisivos, o time rubro-negro começou a perder o apoio de sua torcida antes mesmo do intervalo. Atuava sem velocidade, sem a mínima criatividade e parecia disperso. Não fazia jus ao nome que cada atleta estampava na camisa: o do maior ídolo do Flamengo, Zico, em homenagem aos 60 anos do ex-craque.
Pênalti ignorado
As chances de gol aumentaram bastante a partir da metade do segundo tempo. O jogo ficou mais aberto, mas o time da Gávea ainda assim continuava esbarrando na marcação do Botafogo. O árbitro Grazianni Maciel também deu sua parcela de colaboração ao alvinegro ao ignorar um pênalti de Marcelo Mattos, que botou o braço na bola dentro da área.
Nos últimos minutos, o Fla foi todo ao ataque e até o goleiro Felipe tentou o gol de empate. Ele demorou a voltar após cobrança de escanteio de sua equipe. Na sequência, Vitinho recebeu a bola, livre, e finalizou sem a presença do goleiro: 2 a 0.
"Foi a vitória da raça. Vamos ser campeões", disse Julio César, o autor do primeiro gol. Ele acabou escalado após a negociação de Márcio Azevedo durante a semana para o futebol da Ucrânia. Transação que levou o técnico Oswaldo de Oliveira a desabafar irritado: "Márcio é fundamental para meu esquema tático".
Gol logo no começo fez a diferença
O Botafogo não vencia o rival há 11 jogos e, no Engenhão, sua nova casa, nunca havia conseguido derrotar o Rubro-Negro. Oswaldo de Oliveira valorizou a quebra da sequência negativa, apesar de encará-la com "muita normalidade".
"Ano passado jogamos três vezes contra o Flamengo, foram três empates, mas jogamos muito bem em todos os jogos. Isso (tabu) é muito consequencial. A minha participação é bem mais recente. Nos confrontos com o Flamengo, são três empates e uma vitória para cada lado. Eu acho que vale a pena dar atenção a isso, mas eu me resguardo. Foi muito legal ter vencido o Flamengo como seria se tivéssemos ganhado do Vasco ou do Fluminense", disse Oswaldo em entrevista coletiva após a partida.
"Acho que o jogo de hoje (domingo) foi muito parecido com o último jogo, quando o Flamengo fez um gol com três minutos e depois administrou o placar, jogando em contra-ataque. A nossa sorte é que foi num momento decisivo (a partida desta tarde). A grande diferença hoje foi termos marcado logo na saída da bola. Isso deu tranquilidade para o time administrar e solidificar a vitória", afirmou Oswaldo.
Primeiro tempo definiu
Após a eliminação, o técnico do Flamengo, Dorival Júnior, reclamou do comportamento de sua equipe na etapa inicial.
"O Flamengo não jogou no primeiro tempo. O Botafogo foi muito feliz, prevaleceu, teve mais a posse de bola", disse o treinador rubro-negro.
Ele não soube explicar o motivo de sua equipe ter jogado mal na primeira etapa.
"É difícil fazer uma análise. Foi o gol (antes do primeiro minuto), a equipe não se encaixou, perdemos a dinâmica. Muitos aspectos", afirmou.
Com grande atuação do goleiro Jefferson, o Botafogo venceu pela primeira vez o Flamengo no Engenhão, depois de oito empates e três derrotas, e se classificou para a final da Taça Guanabara, no próximo domingo, contra o Vasco. Neste domingo, o Botafogo marcou no primeiro e no último minuto de jogo, com Julio César e Vitinho, e o placar de 2 a 0 se deveu em parte à atuação de Jefferson. Quando o time rubro-negro buscava o empate, ele fez quatro defesas difíceis. Seu colega Felipe, do Flamengo, também se destacou.
Júlio César fez linda jogada e abriu o marcador antes do primeiro minuto de jogo FOTO: FOLHA PRESS
Na decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, o Vasco, que derrotou o Fluminense por 3 a 2 no último sábado, vai ter a vantagem do empate.
Neste domingo, além de ter quebrado um tabu contra o Flamengo, o Botafogo também acabou com uma invencibilidade de 17 jogos do adversário, dono da melhor campanha na fase de classificação da competição.
A partida
Com movimentação constante e forte marcação, o Botafogo envolveu o Flamengo com facilidade. A vantagem obtida logo no primeiro ataque do time alvinegro ditou boa parte do ritmo da partida. O gol do Glorioso surgiu em lance individual do lateral Julio César. Ele se livrou de três flamenguistas e completou com chute rasteiro.
Seedorf comandava o time, com sua visão de jogo e habilidade que muitas vezes fazem a diferença. Faltava, no entanto, quem concluísse as jogadas. O atacante Rafael Marques, desajeitado, desperdiçou várias oportunidades em contra-ataques. O uruguaio Lodeiro também errou alguns chutes a gol.
Mas, pelo menos, o Botafogo arriscava. O Flamengo nem sequer ameaçava o goleiro Jefferson. Foi assim por quase 53 minutos, quando deu o primeiro chute a gol com Renato. Com um time jovem e, portanto, sem experiência em jogos decisivos, o time rubro-negro começou a perder o apoio de sua torcida antes mesmo do intervalo. Atuava sem velocidade, sem a mínima criatividade e parecia disperso. Não fazia jus ao nome que cada atleta estampava na camisa: o do maior ídolo do Flamengo, Zico, em homenagem aos 60 anos do ex-craque.
Pênalti ignorado
As chances de gol aumentaram bastante a partir da metade do segundo tempo. O jogo ficou mais aberto, mas o time da Gávea ainda assim continuava esbarrando na marcação do Botafogo. O árbitro Grazianni Maciel também deu sua parcela de colaboração ao alvinegro ao ignorar um pênalti de Marcelo Mattos, que botou o braço na bola dentro da área.
Nos últimos minutos, o Fla foi todo ao ataque e até o goleiro Felipe tentou o gol de empate. Ele demorou a voltar após cobrança de escanteio de sua equipe. Na sequência, Vitinho recebeu a bola, livre, e finalizou sem a presença do goleiro: 2 a 0.
"Foi a vitória da raça. Vamos ser campeões", disse Julio César, o autor do primeiro gol. Ele acabou escalado após a negociação de Márcio Azevedo durante a semana para o futebol da Ucrânia. Transação que levou o técnico Oswaldo de Oliveira a desabafar irritado: "Márcio é fundamental para meu esquema tático".
Gol logo no começo fez a diferença
O Botafogo não vencia o rival há 11 jogos e, no Engenhão, sua nova casa, nunca havia conseguido derrotar o Rubro-Negro. Oswaldo de Oliveira valorizou a quebra da sequência negativa, apesar de encará-la com "muita normalidade".
"Ano passado jogamos três vezes contra o Flamengo, foram três empates, mas jogamos muito bem em todos os jogos. Isso (tabu) é muito consequencial. A minha participação é bem mais recente. Nos confrontos com o Flamengo, são três empates e uma vitória para cada lado. Eu acho que vale a pena dar atenção a isso, mas eu me resguardo. Foi muito legal ter vencido o Flamengo como seria se tivéssemos ganhado do Vasco ou do Fluminense", disse Oswaldo em entrevista coletiva após a partida.
"Acho que o jogo de hoje (domingo) foi muito parecido com o último jogo, quando o Flamengo fez um gol com três minutos e depois administrou o placar, jogando em contra-ataque. A nossa sorte é que foi num momento decisivo (a partida desta tarde). A grande diferença hoje foi termos marcado logo na saída da bola. Isso deu tranquilidade para o time administrar e solidificar a vitória", afirmou Oswaldo.
Primeiro tempo definiu
Após a eliminação, o técnico do Flamengo, Dorival Júnior, reclamou do comportamento de sua equipe na etapa inicial.
"O Flamengo não jogou no primeiro tempo. O Botafogo foi muito feliz, prevaleceu, teve mais a posse de bola", disse o treinador rubro-negro.
Ele não soube explicar o motivo de sua equipe ter jogado mal na primeira etapa.
"É difícil fazer uma análise. Foi o gol (antes do primeiro minuto), a equipe não se encaixou, perdemos a dinâmica. Muitos aspectos", afirmou.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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