Antes do amistoso contra a Rússia em Londres, nesta segunda-feira, o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, havia sido lacônico sobre a possibilidade de levar Ronaldinho e Kaká para a Copa das Confederações. Ao ser questionado se haveria lugar no grupo para os dois veteranos, o treinador não se comprometeu e disse que poderia convocar um, os dois, ou nenhum.
Assim como o meia gaúcho, Kaká também parece não ter aproveitado a oportunidade no grupo de Felipão e pouco fez para ajudar o Brasil no empate por 1 a 1 com a Rússia. Para complicar ainda mais a situação do jogador do Real Madrid, o treinador claramente ficou insatisfeito com a participação dele no primeiro tempo. À beira do gramado, Felipão reprovou algumas das poucas jogadas em que Kaká conseguiu participar.
Scolari chegou a discutir de forma mais contundente com o ex-são-paulino em duas ocasiões antes do intervalo. Em uma delas, aos 42min, Kaká retrucou dando a entender que estava fazendo o que podia dentro do setor em que foi escalado para jogar.
"Dentro do esperado. A atuação do Kaká foi dentro do esperado. O que a gente tentava passar eram informações que estávamos vendo. Queríamos uma troca de posições e também uma marcação mais forte no numero oito que organizava todo o jogo", disse.
Após o apito final da primeira etapa, o camisa dez da Seleção foi um dos últimos a descer para o vestiário, sozinho e com cara de poucos amigos. Apesar disso, ele voltou para o segundo tempo e se manteve jogando pela esquerda na última linha do ataque canarinho.
Vontade não faltou e Kaká seguiu buscando a bola. Aos 10min do segundo tempo, o meia fez boa tabela com Fred pela direita e chegou com grande chance de marcar, antes de ser desarmado na área pela defesa russa.
Com a entrada de Hulk no lugar de Oscar, aos 21min da etapa complementar, Felipão inverteu o lado de atuação de Kaká em uma última tentativa antes da substituição. Mas o jogo do meia seguiu "preso", sendo pouco efetivo para a equipe brasileira.
Aos 32min, Kaká deixou o gramado para a entrada do atacante Diego Costa. De cabeça baixa, saiu do gramado, trocou um tapa de mão com Felipão e sentou no banco de reservas para acompanhar o final do jogo, claramente ciente de que sua participação no retorno ao time titular do Brasil ficou aquém do esperado.
Se entre Ronaldinho e Kaká Scolari pode lever "um, os dois, ou nenhum", a terceira opção parece a mais razoável no momento, depois de três insucessos na Era Felipão. A vantagem para o camisa 10 do Atlético-MG é a regularidade na equipe mineira, atuando – e muitas vezes bem – em praticamente todas as rodadas. Para Kaká, no entanto, resta aguardar a boa vontade de José Mourinho, que tem lhe concedido alguns minutos em campo pelo Real Madrid, o que pode ser decisivo para o futuro do jogador na Seleção.
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Postada:Gomes Silveira
Fonte: Terra
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