sexta-feira, 1 de março de 2013

Barcelona - Encanto em dúvida


Time espanhol perde duas seguidas por dois gols de diferença, é eliminado pelo Real e passa a ser questionado

Desde a última terça-feira, 26, o mundo do futebol passou a fazer a mesma pergunta. Será que o encanto do Barcelona acabou? Naquele dia, o time catalão, cantado em verso e prosa como um dos melhores da história, perdera a segunda partida por dois gols de diferença, em menos de uma semana.

Derrota por 2 a 0 para o Milan, no primeiro jogo das oitavas de final da Liga dos Campeões, deixa o Barça pressionado para o jogo de volta Fotos: REUTERS


Se a primeira delas _ o 2x0 para o Milan, en San Siro _ ainda dá chances de recuperação no jogo de volta, dia 12 de março, a última veio de forma cruel. O Barça foi eliminado da Copa do Rei pelo arquirrival Real Madrid, ao perder por 3x1, em pleno Camp Nou.

Na imprensa espanhola, duas hipóteses são levantadas para explicar a queda azul-grená. Uma delas gira em torno da exagerada dependência em torno de Messi, responsável por 37 dos 79 gols que o Barça marcou na temporada 2012/2013. Quando o craque argentino vai mal, o time afunda junto. Foi o que ocorreu nas duas derrotas.

"Pelo menos Messi não está machucado. Logo volta a jogar no nível que estamos acostumados. Mas por favor, não vamos começar a questionar sua qualidade", reclamou o técnico interino Jordi Roura, auxiliar de Tito Villanova, afastado desde o início do ano, para tratamento de um gânglio na garganta.

E é exatamente no banco de reservas que reside a outra explicação para a queda do time de Messi. De 2008 a 2012, o Barça ganhou 14 títulos de 19 disputados, sob o comando de Pep Guardiola, tido como o responsável pelo estilo de jogo baseado em posse de bola e toques rápidos.

Mudança

Com a saída de Guardiola ao fim da temporada passada, assumiu Villanova, que era seu auxiliar. Segundo a imprensa espanhola, a mudança não fez bem ao time.

O jornal espanhol Marca publicou ontem uma lista de sete motivos para a má fase, todas relacionadas à mudança de técnico. A primeira é que Vilanova não dá bronca em seus jogadores, ao contrário do antecessor.

A segunda razão é que, enquanto Guardiola fazia treinos de apronto inspirado no adversário de cada jogo, Vilanova treina o time sem ligar para os rivais.

Conforme o periódico, essa situação piorou em janeiro, com a chegada de Roura, que não tem autoridade sobre o elenco.

Além disso, a falta de soluções táticas para mudar jogos difíceis é outro problema, como mostraram as derrotas para Milan e Real. A manutenção de 11 titulares "intocáveis", a falta de liderança em campo e a dificuldade contra times fortes são outras razões apontadas pelo Marca.

Sobre as críticas, Roura desconversa. "Os resultados foram uma decepção, mas temos que ser otimistas. Iremos nos recuperar adiante", prometeu.


Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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