Eleito presidente do Palmeiras na noite de segunda-feira, Paulo Nobre afirmou que terá uma conversa franca com o meia
chileno Valdivia, que não atua desde 6 de outubro, quando lesionou o joelho esquerdo no clássico contra o São Paulo, no Morumbi. Neste ano, o jogador se apresentou com quatro dias de atraso. "Não tenho dúvida que ele, motivado, é um dos melhores jogadores do Brasil. E desmotivado é comum e pode se tornar um problema. Tem de tratar cada um de uma forma. Fui vice-presidente em 2008, quando ele estourou. A ideia é ter um papo franco e entender o que se passa na cabeça dele, se ele quer continuar, qual é o problema. Quero muito reverter isso e sei que ele pode nos ajudar muito, desde que ele esteja a fim", disse Paulo Nobre em entrevista coletiva.
Desde seu retorno ao clube, em agosto de 2010, o meia já sofreu dez lesões mais sérias, que o tiraram de 68 partidas. No mesmo período, marcou apenas nove gols.
Nas férias, o meia fez um tratamento muscular por conta própria no Chile, sem avisar ao clube, e se apresentou com quatro dias de atraso, alegando que ninguém acreditaria na sua versão.
Sua conduta foi duramente criticada pelo técnico Gilson Kleina, que pediu ao clube que acabasse com privilégios de alguns jogadores.
Paulo Nobre durante entrevista coletiva |
No último dia 14, Valdivia machucou o tornozelo esquerdo durante treino e ficou de fora da estreia do clube no Campeonato Paulista.
O novo presidente também não confirmou a contratação do meia-atacante argentino Riquelme. A negociação vinha sendo conduzida pelo ex-presidente Arnaldo Tirone.
"É um jogador de renome, mas o Palmeiras tem condições de trazer pelo preço acordado? Qual a condição física dele? Qual a motivação dele de jogar aqui? É ganhar muito dinheiro no último contrato ou é encerrar a carreira em um dos maiores clubes do mundo? E por último, saber se o Kleina quer contar com ele", afirmou o dirigente, admitindo que o tamanho do buraco não é pequeno.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Folha
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