sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ceará - Desfalques geram dúvidas e improvisos


Desde o fim da partida contra o Vitória, no último domingo, em Salvador, que classificou o Vovô para as semifinais da Copa do Nordeste, que os problemas do técnico Ricardinho para escalar o time para o primeiro jogo com o ASA, no dia 23, só aumentam.

A forma com que será utilizado Régis será decisiva para a escalação do Ceará contra o ASA, no domingo. O jogador pode atuar como volante, sua real posição, ou improvisado na lateral-direita, função que já desempenhou FOTO: KIKO SILVA


Após o apito final, o problema se limitava apenas à lateral direita, já que Eric foi expulso e seu substituto, Rafael Cruz, passou por cirurgia para a retirada de um coágulo no pé, sendo vetado para o domingo.

A solução, de imediato, era improvisar o volante Régis na função que já cumpriu contra o Itabaiana, na segunda rodada da competição, deixando os demais setores da equipe intactos.

Mas, ontem à tarde, os problemas de Ricardinho se agravaram ao perder mais dois jogadores para a partida: os volantes João Marcos e Fransérgio.

Ambos com lesão na panturrilha, estão vetados para o primeiro jogo e até a participação deles na partida de volta, no Castelão, no dia 3, está ameaçada. Na terça, 26, os dois serão reavaliados pelo departamento médico.

A saída dos dois, mais a indisponibilidade de outro volante para atuar, Everton - recuperado de lesão mas ainda não treina com bola -, a utilização de Régis como lateral-direito fica comprometida, pois ele é o único apto dos volantes a jogar ao lado de Diogo Orlando.

Portanto, o técnico Ricardinho se encontra numa espécie de síndrome do cobertor curto: utiliza Régis na lateral direita, criando um problema para escalar os dois volantes titulares, ou o escala como volante, criando outra "dor de cabeça" na lateral?

Tal dilema ficou claro em treinamento coletivo de ontem. A primeira solução encontrada foi escalar o zagueiro Potiguar na lateral direita, deixando Régis como volante.

Frustração

A improvisação deixou a equipe concentrando os ataques pela esquerda, com o lateral Gerley, já que pela direita Potiguar subia pouco para o apoio.

Além disso, a recomposição defensiva da equipe quando atacada mudou, com Potiguar fazendo a função de terceiro zagueiro e Cleiton fazendo a sobra. Isso deixou a equipe confusa na transição para o ataque, com Régis ou Gabriel caindo para a lateral direita quando Potiguar seguia entre os zagueiros.

Como era de se esperar, o técnico não gostou da formação ao final da atividade, modificando a equipe. Escalando Régis na direita, Ricardinho foi forçado a deixar apenas um volante no meio, optando por três meias (Válber foi o terceiro eleito).



Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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