Veterano Mota, que formará dupla de ataque com o também experiente Magno Alves, reencontra o amigo particular, hoje técnico coral FOTO: KID JÚNIOR
Para o Clássico da Paz, neste domingo, às 16 horas, na Arena Castelão, a motivação do Ceará é natural, já que a equipe, com 13 pontos, luta para se consolidar no G4 da 2ª Fase do Estadual. Já o Ferroviário, com apenas quatro, está virtualmente eliminado e se apega à motivação de seu técnico, Sérgio Alves, em reencontrar o Alvinegro.
Explica-se: será apenas o segundo jogo do ex-atacante como treinador profissional, e logo contra uma equipe na qual foi ídolo como jogador, marcando 150 gols. Mas a motivação dele vai além de iniciar bem a carreira de técnico (sua estreia foi na derrota para o Icasa). Sérgio Alves, anteriormente técnico das categorias de base do Vovô, foi mandado embora em Janeiro, após uma campanha ruim na Copa São Paulo de Juniores.
"Vai ser um confronto tranquilo. Todos sabem do respeito que tenho pelo Ceará e pela torcida. Acho que os torcedores entendem essa minha missão aqui no Ferroviário. Já joguei contra o Ceará, atuando pelo Ferroviário e fiz gol neles. Atuei pelo Bahia contra o Ceará. Hoje estou aqui no Ferroviário e não guardei mágoas. Quando Deus fecha uma porta, abre outras dez. Não que esteja fechada a porta no Alvinegro. Não guardei mágoas de ninguém no Ceará", disse
A partida também reserva um encontro, digamos, mais amigável, entre Sérgio Alves e Mota, que deve ser titular hoje no Alvinegro. Amigos fora de campo, os dois terão de deixar a amizade de lado e se concentram na partida de logo mais. "Somos amigos, torço muito por ele, mas em campo é cada um por si. Espero que eu saia vencedor", disse Mota.
Apesar da ressalva, o atacante elogiou o amigo. "Ele sempre foi muito inteligente em campo. Em 2009, foi muito importante para o acesso à Série A, com os gols que marcou e as preleções com o PC (Gusmão, técnico à época). Como treinador ele tem tudo para dar certo".
Alheio aos encontros que marcam a partida, o técnico do Ceará, Leandro Campos, que estreou pelo Vovô exatamente contra o Tubarão da Barra, vencendo por 1 a 0, espera um jogo mais difícil que o anterior. "Como mudaram de treinador, a motivação existe. A situação na tabela é ruim, mas o Ferroviário fez uma ótima 1ª Fase. Será mais um clássico, um jogo complicado, mas precisamos da vitória para nos consolidarmos no G4".
Última cartada
Para hoje, Sérgio Alves não poderá contar com o zagueiro Fábio Sousa, que recebeu o terceiro cartão amarelo. Em seu lugar, deve entrar Lima ou Marcelo. O ataque novamente terá a dupla formada por Giancarlo e Flamel.
Os corais não podem perder, sob pena de darem adeus às chances de classificação, que já são bastante remotas. "Não queremos passar essa obrigação da vitória para o nosso grupo de profissionais porque senão vai atrapalhar mais do que ajudar", comentou o presidente coral, Edmilson Júnior, que esteve no gramado da Barra para conversar e passar confiança ao grupo de atletas e à comissão técnica.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste
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