O São Paulo tem uma missão difícil nesta quarta-feira para sobreviver na Libertadores: o time precisa vencer o forte e invicto Atlético-MG, às 22 horas, no Morumbi, e torcer para que o Arsenal
vença o The Strongest, em jogo que será disputado no mesmo horário, na Argentina. A situação do time paulista, porém, é tão complicada, que essa vitória do Arsenal não pode ser por muito - como os dois times têm 4 pontos, a vantagem são-paulina é no saldo de gols, -2 contra -6. Assim, se a equipe comandada por Ney Franco fizer 1 a 0, será eliminada se os argentinos conseguirem uma vitória - pouco provável, é verdade - por 6 a 0. O The Strongest tem 6 pontos e saldo -1. Se segurar o empate e o São Paulo vencer por um gol de diferença, o desempate será no número de gols marcados. No lado atleticano, a tarefa é mais simples. Já garantido como o melhor time da primeira fase, ele pode se dar ao luxo de escolher adversário - afinal, se impedir a vitória dos paulistas, a equipe mineira elimina um rival na disputa do título e evita um cruzamento com o mesmo São Paulo na próxima fase. Apesar da dependência de outro resultado, os jogadores do São Paulo prometem não pensar no que vai estar acontecendo no estádio do Arsenal e sabem que vencer o Atlético, dono da melhor campanha da fase de grupos, com 100% de aproveitamento e 16 gols marcados, já será tarefa das mais complicadas. Por isso, o técnico Ney Franco tratou de usar todas as armas possíveis - inclusive a velha artimanha de fechar os treinos para a imprensa. Só confirmou que Rogério Ceni e Rafael Tolói, recuperados de contusão, voltam ao time. Os desfalques são o meia Jadson e o atacante Luís Fabiano suspensos, e o meia Maicon, machucado. O discurso de "batalha" já está na ponta da língua do elenco.
"Sou um jogador que quando visto a camisa do São Paulo, coloco o coração na ponta da chuteira. Dou a vida para ganhar e até no treinamento não paro de correr. No jogo, não será diferente e vamos jogar com vontade e raça, vamos dar a vida para conseguir o resultado positivo. Estamos jogando com vontade, raça e técnica", prometeu o atacante Osvaldo. "Pressão todo jogo tem, mas este terá uma pressão maior e o clima será de guerra. Temos que entrar em campo e transmitir ao torcedor que temos condições de vencer. Acreditar até o fim, porque será uma batalha dura. Vamos no limite e faremos o nosso melhor. Eles têm jogadores de qualidade, mas esperamos fazer uma boa partida. Em campo, vamos nos dedicar e brigar até o fim em busca da vitória. Para nós, é uma decisão. A vitória trará mais confiança e o espírito tem que ser esse", disse o zagueiro Lúcio.
Mesmo já classificado, e com a primeira posição geral garantida, o que lhe garante a chance de decidir em casa até uma eventual decisão, o Atlético promete jogar com seriedade, até mesmo para evitar um confronto com o próprio São Paulo nas oitavas de final - se conseguir a vaga, o time será o pior de todos os segundos colocados e, pelo emparceiramento, haverá novo confronto entre os dois brasileiros. "Temos que entender que vivemos um bom momento e vamos dar sequência", afirmou o técnico Cuca. "Esse jogo vai ter mais a cara do que vamos enfrentar daqui para a frente na Libertadores. Temos que estar atentos porque, a partir de agora, todos os jogos são decisivos", completou o zagueiro Rever.
Postada:Gomes SilveiraFonte:Veja
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