A derrota por 2 a 1 para o Corinthians representou o fim de uma longa invencibilidade do São Paulo no Estádio do Morumbi. O técnico Ney Franco não via os seus jogadores perderem em casa desde 12 de agosto de 2012, quando o Grêmio visitou a equipe paulista e venceu por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro. Apesar do resultado negativo, o treinador aprovou a atuação no clássico deste domingo, válido pela 16ª rodada do Campeonato Paulista.
“Eu não sei qual vai ser repercussão, mas saio com a consciência muito tranquila e passei isso para os jogadores: a equipe jogou muito bem, são poucas equipes que conseguem vir aqui no Morumbi e ganhar do São Paulo”, analisou Ney Franco.
“Logicamente era importante vencer, mas o mais importante era o futebol apresentado. Estamos mostrando evolução com a nova forma de jogar. O que não pode é os jogadores perderem confiança no trabalho que está começando a se encaixar”, completou.
Desde o revés para o Grêmio, eram 24 partidas de invencibilidade no Morumbi para Ney Franco, com 18 vitórias e seis empates. A série subia para 27 jogos se considerados outros três duelos disputados como mandante no Estádio do Pacaembu. A marca superou a melhor de Telê Satana, que datava de 1992, quando o time tricolor ficou 23 partidas sem ser derrotado em casa, mas não bateu o recorde histórico tricolor - foram 31 jogos sem derrotas no estádio entre as temporadas de 1986 e 1987.
Neste domingo, Ney Franco voltou a escalar a base que havia sido titular nas vitórias sobre São Bernardo e Bragantino, com a dupla de zaga formada por Rafael Tolói e Edson Silva e o meio-campo e ataque contando com Denílson, Maicon, Ganso, Jadson, Osvaldo e Luís Fabiano.
A tendência é o treinador repetir essa escalação contra o The Strongest, na próxima quinta-feira, pela Libertadores, embora ele tenha preferido não se aprofundar ao ser questionado sobre o assunto.
“Esperamos conseguir repetir na Bolívia a sequência de bons jogos no Paulista. É um jogo em que temos de ter alguns critérios de parte técnica e física. Temos tempo para preparar a equipe para chegar lá e conseguir a vitória. O grupo está muito fechado para isso”, disse.
Na partida decisiva para as pretensões da equipe na Libertadores, a presença de Rogério Ceni, com dores no pé direito, não está confirmada. Já Luís Fabiano não deve atuar: a diretoria do São Paulo entrou com um recurso junto à Conmebol para diminuir a suspensão do atacante, mas admite ser “difícil” conseguir reverter a sanção até quinta-feira.
A boa sequência do São Paulo no Estadual computava quatro vitórias consecutivas e dez jogos sem perder. A equipe lidera a tabela de forma isolada, mas curiosamente tem o pior retrospecto entre os clubes considerados grandes considerando apenas os clássicos: antes de perder para o Corinthians, havia empatado por 0 a 0 com o Palmeiras, em 10 de março, no Morumbi; e havia sido derrotado por 3 a 1 para o Santos, em 3 de fevereiro, na Vila Belmiro.
Questionado sobre o revés no clássico mais recente, Ney Franco respondeu que “o único impacto” era na tabela. “A equipe jogou bem. Se tivesse perdido por 2 a 1, jogado muito mal, com o adversário bem melhor, poderia ter um impacto no lado emocional, mas a forma como se comportou foi boa. O impacto é mais em relação à oportunidade perdida de abrir mais do segundo colocado”, emendou o técnico, cuja equipe lidera o Paulista com 35 pontos, um a mais que a Ponte Preta.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:Terra 
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